terça-feira, 29 de maio de 2012


                                  2.1- Depoimentos

Os depoimentos colhidos foram das pessoas envolvidas no movimento LGBT de Manaus o primeiro de Dênison Alves Assistente Social (homossexual) integrante do grupo LGBT Manaus, o segundo de uma lésbica que não quis revelar sua identidade da qual chamamos de Paula e o terceiro de uma simpatizante que se chamada Fabiana Cantuária que faz parte de nossa turma.

Perguntamos ao Dênison: O que ele achava do movimento LGBT em meio à sociedade?
Ele respondeu o seguinte: - “A maior bandeira de luta do Movimento LGBT, na sociedade atual, e motivo desse orgulho é a aprovação do (PLC) Projeto de lei Complementar 122, que tramita no senado, lei que criminaliza a Homofobia, umavez que nossa sociedade ainda é muito preconceituosa quando o assunto se refere ao homossexual”.
Dênison fala também de conquistas alcançadas por eles e expressa um grande sorriso e diz:-“ O Contrato da União Civil, assim todos os homossexuais tanto do sexo masculino como feminino se enquadram nesta lei, pois antes se o companheiro morresse o outro não direito, nem de enterrá-lo ou ficar como os bens deixados pelo falecido,  tudo era dividido entre os parentes”.
Perguntamos à ele: Como se dá a inclusão das pessoas interessadas pelo Movimento LGBT ?”Ele responde:-” Não fazemos distinção de cor, raça ou etnia, qualquer pessoa que se identificar com a causa podem procurar o Movimento LGBT Manaus e fazer parte.”
Para finalizarmos nossa entrevista, perguntamos como ele via a prevenção de doenças sexualmente transmissível dentro do Movimento. Ele responde:-“Na década de 80, os gays eram vistos como “praga gays transmissores de AIDS”. Hoje já é constatado que o grupo gay, é o mais prevenido e , que o maior índice de pessoas transmissora são os homens casados. Nós, no Movimento damos palestra de prevenção contra AIDS e fazemos juntamente com as Assistentes Sociais palestras, e distribuição de cartilhas educativas explicando quando a prevenção dessas doenças.”
Nossa segunda entrevistada foi com “Paula”, este foi o nome dado por nós à ela, pois esta não quis revelar sua identidade .Perguntamos à Paula como se descobriu como lésbica; ela respondeu:-“Não me tornei lésbica por influência, mas confessar  aos amigos  me ajudou muito. Desde meus seis anos de idade sentia atração por pessoas do mesmo sexo”. Isso nos trouxe espanto. Perguntamos então,nesta época você sabia o que era homossexualismo?
Ela responde:-“Claro que não, tudo começou na escola, quando passei a perceber uma atração pelas professas, uma forma de sentir algo além de carinho ou admiração, talvez aquela paixão, que crianças sentem pelas professoras do sexo oposto mais no meu caso era bem diferente”.
Segundo Paula, aceitar-se a si mesma em uma sociedade héteronormativa, foi muito difícil, pois não poderia compartilhar com a família já que esta é cristã, e extremamente preconceituosa. Então a saída foi compartilhar no meio das amizades. Foi ai então que se assumiu como lésbica, Paula nos diz que foi acontecendo aos poucos, mais quando se encontrou como o Movimento LGBT Manaus, se sentiu mais segura de si mesma, ali ela tinha livre arbitro para falar o que sentia e buscava ajuda. Apenas para sua mãe se revelou como lésbica, esta por sua vez lhe deu apoio e a ajuda. Para finalizarmos nossa entrevista com Paula lhes perguntamos como se sentia em meio à sociedade?
   Ela respondeu sorrindo:- “Bom, minha família não aceitou, então falei a mim mesma. Mi restringir apenas a minha mãe que aceitou a minha opção sexual; com sua aceitação fiquei tranquila; quanto à sociedade não me importa, o importante é que sou feliz comigo mesma”.
A terceira e última entrevista foi como uma simpatizante chamada Fabiana Cantuária. Fizemos uma única pergunta: O que é ser simpatizante dentro do Movimento LGBT?
Ela responde:- “São pessoas que não têm preconceitos, tendo seu caráter e sexualidades bem resolvidas, não dão importância pra críticas alheias e que frequentam meios LGBT como, por exemplo, “parada gays, reuniões LGBT”, sem ser homoafetivas.Simpatizante é nome dado a héteros, que frequentam lugares em comuns frequentados por gays, lésbicas e transgêneros, simpatizantes por simpatia a estas pessoas”.
Fabiana declarou ainda que aceitar, as diferenças é o primeiro passo para amar. Pois somente aceitando as diferenças é que podemos conhecer quem realmente é o outro. Esta termina seu depoimento, contando que adorou a entrevista e manda saudações para todos os simpatizantes do Movimento LGBT assim como ela.

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