2.1-
Depoimentos
Os depoimentos colhidos
foram das pessoas envolvidas no movimento LGBT de Manaus o primeiro de Dênison
Alves Assistente Social (homossexual) integrante do grupo LGBT Manaus, o
segundo de uma lésbica que não quis revelar sua identidade da qual chamamos de
Paula e o terceiro de uma simpatizante que se chamada Fabiana Cantuária que faz
parte de nossa turma.
Perguntamos
ao Dênison: O que ele achava do movimento LGBT em meio à sociedade?
Ele
respondeu o seguinte: - “A maior bandeira
de luta do Movimento LGBT, na
sociedade atual, e motivo desse orgulho é a aprovação do (PLC) Projeto de lei
Complementar 122, que tramita no senado, lei que criminaliza a Homofobia,
umavez que nossa sociedade ainda é muito preconceituosa quando o assunto se
refere ao homossexual”.
Dênison
fala também de conquistas alcançadas por eles e expressa um grande sorriso e
diz:-“ O Contrato da União Civil, assim
todos os homossexuais tanto do sexo masculino como feminino se enquadram nesta
lei, pois antes se o companheiro morresse o outro não direito, nem de
enterrá-lo ou ficar como os bens deixados pelo falecido, tudo era dividido entre os parentes”.
Perguntamos
à ele: Como se dá a inclusão das pessoas interessadas pelo Movimento LGBT ?”Ele
responde:-” Não fazemos distinção de cor,
raça ou etnia, qualquer pessoa que se identificar com a causa podem procurar o
Movimento LGBT Manaus e fazer parte.”
Para
finalizarmos nossa entrevista, perguntamos como ele via a prevenção de doenças
sexualmente transmissível dentro do Movimento. Ele responde:-“Na década de 80,
os gays eram vistos como “praga gays transmissores de AIDS”. Hoje já é
constatado que o grupo gay, é o mais prevenido e , que o maior índice de
pessoas transmissora são os homens casados. Nós, no Movimento damos palestra de
prevenção contra AIDS e fazemos juntamente com as Assistentes Sociais
palestras, e distribuição de cartilhas educativas explicando quando a prevenção
dessas doenças.”
Nossa
segunda entrevistada foi com “Paula”, este foi o nome dado por nós à ela, pois
esta não quis revelar sua identidade .Perguntamos à Paula como se descobriu como
lésbica; ela respondeu:-“Não me tornei
lésbica por influência, mas confessar
aos amigos me ajudou muito. Desde
meus seis anos de idade sentia atração por pessoas do mesmo sexo”. Isso nos
trouxe espanto. Perguntamos então,nesta época você sabia o que era
homossexualismo?
Ela
responde:-“Claro que não, tudo começou na
escola, quando passei a perceber uma atração pelas professas, uma forma de
sentir algo além de carinho ou admiração, talvez aquela paixão, que crianças
sentem pelas professoras do sexo oposto mais no meu caso era bem diferente”.
Segundo
Paula, aceitar-se a si mesma em uma sociedade héteronormativa, foi muito
difícil, pois não poderia compartilhar com a família já que esta é cristã, e
extremamente preconceituosa. Então a saída foi compartilhar no meio das
amizades. Foi ai então que se assumiu como lésbica, Paula nos diz que foi
acontecendo aos poucos, mais quando se encontrou como o Movimento LGBT Manaus,
se sentiu mais segura de si mesma, ali ela tinha livre arbitro para falar o que
sentia e buscava ajuda. Apenas para sua mãe se revelou como lésbica, esta por
sua vez lhe deu apoio e a ajuda. Para finalizarmos nossa entrevista com Paula
lhes perguntamos como se sentia em meio à sociedade?
Ela respondeu sorrindo:- “Bom, minha família
não aceitou, então falei a mim mesma. Mi restringir apenas a minha mãe que aceitou
a minha opção sexual; com sua aceitação fiquei tranquila; quanto à sociedade
não me importa, o importante é que sou feliz comigo mesma”.
A
terceira e última entrevista foi como uma simpatizante chamada Fabiana
Cantuária. Fizemos uma única pergunta: O que é ser simpatizante dentro do
Movimento LGBT?
Ela
responde:- “São pessoas que não têm preconceitos, tendo seu caráter e
sexualidades bem resolvidas, não dão importância pra críticas alheias e que
frequentam meios LGBT como, por exemplo, “parada gays, reuniões LGBT”, sem ser
homoafetivas.Simpatizante é nome dado
a héteros, que frequentam lugares em comuns frequentados por gays, lésbicas e
transgêneros, simpatizantes por simpatia a estas pessoas”.
Fabiana
declarou ainda que aceitar, as diferenças é o primeiro passo para amar. Pois
somente aceitando as diferenças é que podemos conhecer quem realmente é o
outro. Esta termina seu depoimento, contando que adorou a entrevista e manda
saudações para todos os simpatizantes do Movimento LGBT assim como ela.